sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Quando a Intuição está Enguiçada...

Quando precisamos de um raro coringa, ele nunca aparece. Se não precisamos, descartamos. Eles sobram na nossa visão.
Saber quando comprar cartas, descartá-las, sair à francesa, debandar, colocar preto no branco (não, isso é xadrez) e sem expectativa, pois isso sempre impede o inesperado. Enfim...Intuir o destino, se é que na vida existe a canastra perfeita! Ou, será que mal conseguiremos concluir uma estúpida canastra suja, tão suja que nem o naipe é o mesmo?
Saber, fazer o quê.
Perseguir o coelho.
E aprender a jogar.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Quando da mesa é o chapeleiro que cuida

Então existe aquela fase em que você não tem mais um dia de aniversário, mas todo o resto do calendário repleto de dias de desaniversários.
Desaniversários todo dia.
Como quando o seu adversário da esquerda descarta um dois. (Considerando o rodar não-horário desses dias, que não poderiam seguir o passar normal dos ponteiros)
Um dia de desaniversário é assim: Tudo o que um dois podia fazer na mão daquele que tem a sorte de possuí-lo, é descartado como sobra. Mas para você- reles mortal somente com cartas ímpares- aquele dois é só... um dois. O que você vai fazer com ele? Um jogo dois-três-quatro?
Um desaniversário é assim: quando o mundo te dá tudo aquilo que não serve pra nada. Só serve pro outro. Aquele mesmo que não o quis.
Então existe essa fase... dias de desaniversários atravessados de dois descartados.
Uma semana de desaniversários. Um mês. Dois meses. Dois meses e uma semana: essa é mais ou menos a minha conta.
O chapeleiro me pergunta pra onde vou. Eu vou onde estiver o coelho branco. Ele me pergunta onde ele está. Eu não sei. Não sei. O que sei é que hoje, como ontem e amanhã, é o meu desaniversário. Talvez desaniversário de milhões.

Os dias estão lambuzados de não-aniversários. Têm sido o avesso de bolos com glacê. O inverso de bexigas coloridas. O contrário de crianças correndo. A antítese de presentes com laços que a gente só vê em desenhos animados. Porque ninguém embrulha presentes com laços de fita. Quem é que tem, hoje, algum laço de fita em casa?
Desaniversários, é o que digo. Desaniversários.

Estamos tomando chá com o chapeleiro e o pote de açúcar tem sido a ilha de prazer desse mundo sem lógica. Comemorando o meu desaniversário! Afinal, o que mais fazer senão olhar para o meu reflexo no bule bem polido, pensar o quão eu e o resto da vida somos patéticos, rir disso e beber em consideração à minha bagunça?

Um brinde ao caos.

Joker 3, vivendo o oito de espadas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A dama de copas

Jogadas e jogadas. Esternas rodadas que nunca a trazem. Dama de copas, dama de copas, dama de copas...
Tua imagem ainda tão colada à minha retina que quando se fecham meus olhos pareço ter, ao invés de pálpebras, dois longos cartazaes com teu rosto sorridente estampado.
ass. Joker I

Enigmas do Buraco:

Porquê a canastra real é a mais utópica?
Se quem guarda têm, o que seria o risco de uma jogada inconsequênte?
Porquê buraco se cheio, cheio de cartas na mão?
Se estratégico, porquê sequêncial?
O quê fazer com os coringas, possibilidades genéricas que isoladas ajudam e juntas ajudam o adversário?
Se matemático, porquê joguete do destino?
Porque gastar o tempo com ele, filho de longas possibilidades de jogar o tempo fora em um momento fulgaz como os nossos em que tempo é dinheiro?
Será que seus praticantes são dementes o suficiente?
Ou apenas detentores de uma visão de mundo compreendida apenas pelo oito de copas?